A envolvente construída é dominada por pequenas casas, de tipologia, morfologia e data de construção muito díspares.  Trata-se de uma zona incaracterística onde não existe nenhuma referência construída próxima. O terreno tem 2347,6 Ha, apresenta em ligeiro declive em direção a Sul e na parte mais elevada vê-se o mar ao longe, entre o casario.
Face à dimensão do lote, à sua orientação e ao programa pedido, optámos pela construção de um volume no ponto mais alto do terreno, afastado da rua, possibilitando assim que a maior parte do terreno livre esteja voltado a sul, para onde se abrem generosamente os espaços comuns da habitação para o jardim.
Era também importante que a implantação da casa a protegesse dos ventos de Noroeste dominantes nos meses de primavera e verão, pelo que optámos pela implantação longitudinal no sentido Norte/Sul. 
Agrada-nos esta imagem rural que a casa possa vir a assumir, com as suas duas águas em telha, planta rectangular comprida como um celeiro, revestimento em pedra de xisto que marca a robustez inerente às construções duradouras, e um terreiro adjacente como uma eira em pedra.
No interior, aproveitam-se as duas águas para um pé direito que vai variando de acordo com a utilização dos espaços: na sala, usa-se a totalidade da altura da construção e nos quartos, prevê-se uma laje intermédia que possibilita uma utilização em sótão.